sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


Ineficácia nas campanhas que visam atitudes preventivas é apontada como principal causa
Os incêndios urbanos são menos e mais silenciosos do que os florestais, mas mais graves nas consequências: causaram a morte a 32 pessoas em 2008 e 37 em 2007. Este ano, em apenas duas semanas já houve nove vítimas.
No início da década, chegaram a registar-se médias anuais de 50 a 60 mortes. Os números não têm sido regulares e este ano a Autoridade Nacional de Protecção Civil teme um novo pico, já que as nove mortes recentes representam quase um terço do total de 2008. Nos últimos dias têm sido reforçados os conselhos para a população, em comunicados à Comunicação Social (ver caixa).
A "ineficácia" da comunicação pública, "em termos de resultados e alteração de comportamentos", é precisamente apontada por Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, como a "vulnerabilidade que se mantém" apesar das reformas de organização que o sector viveu nos últimos anos. "Faria todo o sentido reflectir sobre os instrumentos de comunicação que estão a ser usados, porque se revelam ineficazes", sustenta.
Nas cidades com maior risco - particularmente áreas metropolitanas de Lisboa e Porto - deveriam ser escolhidos públicos-alvo e feito "um trabalho directo de sensibilização". Os casos mortais resultam quase sempre de um triângulo que alia habitação precária, debilidade social (na terceira idade ou em sem-abrigo) e utilização de sistemas de aquecimento perigosos. Fernando Curto, presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, defende "uma inventariação dos casos de maior risco" e um plano de acção que poderia contemplar visitas regulares dos bombeiros, em Lisboa e Porto.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O grande incêndio no sabugal